segunda-feira, 28 de maio de 2012

Encontrando seu lugar com Deus


 

Tenho encontrado muitas pessoas que desprezam o Velho Testamento como algo inútil em suas vidas cristãs. Não é isso que Jesus disse. Ele disse:

17  Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. 18  Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. 19  Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus. (Mateus 5:17-19)

E Paulo acrescenta na sua carta aos Romanos: “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.” (Romanos 15:4).  

Então, tudo o que Jesus fez foi cumprir a Lei e os Profetas. Há traços de Jesus no Velho Testamento que podemos e devemos resgatar para entender realmente a sua vontade a partir do simbolismo. Veja como o autor de Hebreus fala do sacerdócio dos levitas no santuário:

4  Ora, se ele [Jesus] estivesse na terra, nem mesmo sacerdote seria, visto existirem aqueles que oferecem os dons segundo a lei [apenas os da tribo de Levi, Jesus era da Tribo de Judá], 5  os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes, assim como foi Moisés divinamente instruído [na lei], quando estava para construir o tabernáculo; pois diz ele: Vê que faças todas as coisas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte. (Hebreus 8:3-5).

Das práticas rituais, Tiago acordou com o ministério de Paulo aos gentios que deveriam permanecer os seguintes tipos de abstinência em qualquer congregação cristã não judaica:

13 Quando eles acabaram de falar, Tiago replicou: Irmãos, escutem-me: 14 Simão [Pedro] apresentou como Deus visitou primeiramente os gentios, para tirar de entre eles um povo [para carregar e honrar] seu nome. 15 e como as predições dos profetas concordavam, como está escrito: “Depois disso, eu voltarei e reconstruirei a casa de Davi, que tem invocado meu nome, 18 diz o Senhor, que fez essas coisas conhecidas desde o começo do mundo.” 19 Portanto, é minha opinião que nós não ponhamos obstáculos no caminho deles, não irritemos, nem perturbemos aqueles que dentre os gentios se voltem para Deus, 20 mas nós deveríamos enviar um escrito a eles para absterem-se de e evitarem qualquer coisa que tenha sido poluída por ter sido oferecida a ídolos e toda impureza sexual e comer carne de animais que foram estrangulados e [da degustação] de sangue” (Atos 15:13-20 – Bíblia Amplificada).

Assim, não podemos conservar apenas uma parte da escritura em nosso coração e nossa vida, mas devemos aprender o conjunto simbólico sobre o qual o Velho Testamento aponta para Jesus e nos enriquecer com a Fidelidade de Deus no cumprimento das suas promessas e do sentido que o velho testamento em linguagem não diretamente lógica e discursiva, mas simbólica e figurada nos traz para a nossa vida hoje. E saber diferenciar o tipo de práticas concretas que permanecem rejeitadas inclusive no Novo Testamento, como as que Tiago citou. O Senhor no Velho Testamento descreveu o espaço da nossa relação diária com Deus e esse lugar de renovação diária e semanal é o nosso tema de hoje.




O Tabernáculo


No Velho Testamento, Deus estabeleceu que andaria com o povo de Deus no Tabernáculo como coluna de fogo durante a noite e como nuvem durante o dia (Êxodo 13:21-22). O tabernáculo era uma área cercada com uma tenda no centro e uma parte externa ao ar livre onde se ofereciam as ofertas de animais.

A área externa era chamada de átrio. Nessa área era permitido o acesso dos israelitas ofertantes. Os sacerdotes recebiam as ofertas pelos pecados e as ofereciam sobre o altar de bronze. A tenda dentro da cerca era dividida em dois espaços: o Santo Lugar e o Santo dos Santos ou Santíssimo Lugar.

No Santo Lugar os sacerdotes entravam todos os dias, no Santíssimo, apenas o Sumo Sacerdote entrava uma vez por ano e ficava na presença de Deus para interceder pelo povo para o perdão dos pecados. Cada ambiente desses fala do nosso relacionamento com Deus e nossa aproximação com Ele. Hoje, não vou tocar na figura que traz o átrio ou do Santíssimo Lugar, mas o que o Senhor me trouxe foi a revelação do Santo Lugar para a nossa vida diária com Deus.

O Santo Lugar


No Santo Lugar, temos três objetos: a mesa dos pães da proposição, o altar do incenso e o candelabro. Cada um deles traz a sua mensagem com relação à nossa vida com Deus hoje.

A Mesa


Era feita de acácia e revestida com ouro. A madeira representa a natureza humana, o ouro representa a glória de Deus. Sobre ela, colocavam-se lado a lado seis pães sem fermento iguais, representando todas as tribos de Israel. Era uma mesa pequena, de 90 x 45 a 75 cm de altura, com uma moldura de ouro à sua volta da largura de uma mão. A função da mesa era propor os pães, receber a oferta de pães (Levítico 24:5-6)

Tudo isso tem sentido simbólico fortíssimo. A mesa representa a comunhão. Símbolo bem conhecido por nós cristãos, mas mais conhecido ainda pelos povos do oriente, que não sentam à mesa com desafetos. A glória de Deus revestia a natureza humana e a reforçava para que o pão pudesse ser compartilhado. Os pães lado a lado indicavam justiça e igualdade sem importar o tamanho, a origem, as habilidades ou qualquer diferença entre as tribos. Todas tinham igual acesso à mesa do Senhor e na mesa do Senhor o mesmo tratamento sem o fermento da falsidade. As outras ofertas não continuavam sem a oferta dos pães.

A nossa mesa da proposição hoje


A comunhão é o primeiro passo na aproximação de Deus: “23  Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24  deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.” (Mateus 5:23). Sem perdão, não há pão, não há proposta de aproximação. “20  Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. 21  Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão.” (1 João 4:20-21). Se tem dificuldades nessa área, veja nesse blog o texto “Como perdoar os outros”. Coloque a frase no espaço de pesquisa do blog.

A nossa comunhão não pode ser apenas superficial, mascarada, precisa ser aceitação e amor sinceros.

6  Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? 7  ¶ Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. 8  Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade. (1 Coríntios 5:6-8)

 Sabe aquele irmão que você cumprimenta e sorri, até beija, e depois diz: “Esse aí? Só a graça...” ou “Sabia do esse aí aprontou?” ou “Sinceramente, não sei como é que se vem para a igreja com uma roupa dessas...” e outros tipos de comentários que nada elogiam ou levantam o irmão. Isso é fermento. Fermento que estraga o seu pão e lhe impede de gozar comunhão com Deus porque Ele está na vida do seu irmão e se você está contra o irmão está contra ele também.

A mesa do Senhor é mesa de igualdade e unidade


É na mesa dos pães iguais que as vaidades precisam cair. Nenhum pão é maior do que outro. Nenhuma igreja, nenhum cristão, nenhuma tarefa, tudo é pão, tudo é oferta a Deus. Uma igreja maior não tem o Deus maior, um cargo maior não torna ninguém mais cristão a não ser que uma bíblia grande lhe torne melhor leitor (excetuando os que têm problemas de visão). Esses parâmetros de vaidade pessoal precisam cair na mesa do Senhor. Os pães são todos iguais e colocados lado a lado, não acima uns dos outros.

Esses pães eram oferecidos com incenso por cima (Levítico 24:7). O que simboliza a oração (Apocalipse 5:8). Nós somos chamados a interceder e nos esforçar pela unidade do corpo de Cristo para podermos ser reconhecidos como cristãos, assim como Jesus orou:

 “22  Eu [Jesus] lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; 23  eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.” (João 17:22-23)

Alerta de Paulo: “1  Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, 2 com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 3 esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; (Efésios 4:1-3).

A oferta semanal dos pães

Semanalmente, aos Sábados, os pães era m postos diante do Senhor. Os pães antigos eram distribuídos aos sacerdotes que ofereciam os pães novos e o tomar e comer deste pão de comunhão os santificava (Levítico 24:8-9). É o símbolo da comunhão na congregação e os pães deveriam ser comidos no Santo Lugar. Essa comunhão semanal na reunião dos escolhidos no Senhor nos purifica, santifica e fortalece. Não há comparação com aquilo que ocorre quando nos reunimos na casa do Senhor. Mas só os sacerdotes que haviam confessado os seus pecados e entregue as ofertas de expiação poderiam participar da oferta dos pães.

O pão santificava os ofertantes: "Santos serão a seu Deus, e não profanarão o nome do seu Deus, porque oferecem as ofertas queimadas do SENHOR, e o pão do seu Deus; portanto serão santos." (Levítico 21:6) e o pão que desceu do céu nos separa para Deus:

51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo. 52 Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como nos pode dar este a sua carne a comer? 53 Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. 54 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55 Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. 56 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. 57 Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim. 58 Este é o pão que desceu do céu; não é o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre. (Jo 6:51-58)

A convivência na igreja nos aproxima de Deus e da sua vontade, ela é essencial, sem ela não há pão na nossa oferta, está incorreta e não será aceita.

O altar do incenso


O altar do incenso devia ser alimentado com incenso enquanto o candelabro era preenchido com azeite puríssimo. O altar, qualquer que fosse, era conhecido como uma marca da presença da manifestação de Deus no andar do povo no Velho Testamento antes do templo. A lei, antes da construção do Tabernáculo, ordenava a ereção de um altar de terra ou de pedras no lugar onde Deus se manifestasse.

O altar de ouro ou altar do incenso, dentro do Santo Lugar, era pequeno também, tinha 45 x 45 cm de largura e comprimento e 90 cm de altura. Também era de madeira e coberto de ouro. Na mesma simbologia do adorador que se submete a ser revestido da glória de Deus. O incenso era especial e separado só para esse fim. O incenso era oferecido de manhã e à tarde enquanto se enchiam as lâmpadas do candeeiro de azeite puríssimo.

O incenso simboliza oração oferecida (Apocalipse 8:3-4). Observe que não era oferido com qualquer incenso. Não era de qualquer modo ou ao bel-prazer do ofertante. Assim como a oração precisa ser conforme a vontade expressa na Palavra de Deus para ser legítima diante dele:

14 E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. 15 E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito. (1 João 5:14-15).

pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres. (Tiago 4:3)

A oração contínua é parte fundamental do nosso relacionamento com Deus.


No  Novo Testamento:

Orando por nós: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26:41)
Pelos inimigos: “bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam.” (Lucas 6:28)   
Pelos ministros e ministérios: “1 Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor se propague e seja glorificada, como também está acontecendo entre vós; 2  e para que sejamos livres dos homens perversos e maus; porque a fé não é de todos.” (2 Tessalonicences 3:1)   
Pelas autoridades e todos os que estão à nossa volta: “1 Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, 2  em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito. 3  Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, 4  o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” (1 TimÓTEO 3: 1-4).

Candeeiro, castiçal


Consistia em uma base com uma coluna central a que se prendiam seis braços de ouro maciço, batidos com o martelo, em cujas extremidades se colocavam as lâmpadas de azeite. Somente azeite puríssimo era usado nas lâmpadas que ficavam acesas desde à tarde até à manhã seguinte (Êxodo 27:20, 21; 30:7, 8; 1 Samuel 3:3).

O uso do candelabro era o seguinte:

20  Ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveira, batido, para o candelabro, para que haja lâmpada acesa continuamente. 21  Na tenda da congregação fora do véu, que está diante do Testemunho, Arão e seus filhos a conservarão em ordem, desde a tarde até pela manhã, perante o SENHOR; estatuto perpétuo será este a favor dos filhos de Israel pelas suas gerações. (Exodo 27:20-21)

O candelabro e o altar do incenso funcionavam em paralelo


No altar se queimava incenso durante o dia e enquanto o incenso queimava, outro sacerdote preparava as lâmpadas do candelabro, que era aceso ao cair da tarde. A oração prepara a Luz de Deus na nossa vida. Observe que no candelabro já não há madeira, é puro ouro. É pura glória. O homem está envolvido no esforço de comunhão e justiça, na oração, mas a glória e a Luz vêm de Deus. É a presença do Senhor em nós que traz a glória para a nossa vida. Enquanto o incenso da oração é movido, o azeite enche a lâmpada do Espírito que atravessa a escuridão das trevas desse mundo. Veja a descrição do ritual diário no Santo Lugar:

6  Porás o altar defronte do véu que está diante da arca do Testemunho, diante do propiciatório que está sobre o Testemunho, onde me avistarei contigo. 7  Arão queimará sobre ele o incenso aromático; cada manhã, quando preparar as lâmpadas, o queimará. 8  Quando, ao crepúsculo da tarde, acender as lâmpadas, o queimará; será incenso contínuo perante o SENHOR, pelas vossas gerações. 9  Não oferecereis sobre ele [o altar] incenso estranho, nem holocausto, nem ofertas de manjares; nem tampouco derramareis libações sobre ele. (Êxodo 30:6-9)

O último versículo explica que Deus não está interessado em sacrifícios de sangue ou invenções humanas, Ele só aceita puro incenso como oferta, ou seja, na sua presença, somente a proclamação da concordância com a vontade de Deus.

Onde está o candelabro hoje?


Nas mãos direita de Jesus. Observe o relato do apóstolo João no livro de Apocalipse: “20  Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.” (Apocalipse 1:16-20). Mas a maravilha é que cada igreja é um candelabro.

Nós reunidos somos a luz que brilha nas trevas. Veja o que Jesus disse a esse respeito:

14  Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; 15  nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. 16  Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. (Mateus 5:14-16)

É uma grande responsabilidade a de ser candelabro.


É a ordem que Jesus deu aos seus discípulos:

18  Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. 19  Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20  ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. (Mateus 28:18-20)

O mesmo nome que é sobre todo o nome no céu e na terra (Filipenses 2:9-10; Efésios 1: 20-21) é aquele que estará conosco até à consumação dos séculos nos impulsionando a iluminar esse mundo de trevas com a Luz do evangelho e os unindo como Igreja através do Batismo nas águas EM SEU NOME.



Enfim, Cristo propôs a mesa da comunhão mesa da presença. Os 12 pães assados mostravam que Deus era um com o Seu povo, e que os sacerdotes se uniam para comer os pães, e se tornarem um.  Jesus se referiu a Ele mesmo como o Pão da Vida e disse que se nós comermos este pão, nós sempre viveremos. O pão que come se torna parte de você. Assim, na mesa de Cristo nos tornamos um, sem maiores e menores, melhores ou piores, a mesa de Cristo nos torna um e saciados. Participar da mesa do Senhor deve nos bastar “E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede." (João 6:50)

Entretanto, lembre-se de que todos os três elementos do Santo Lugar são interdependentes: O pão precisa do incenso, o incenso está conectado ao encher do candelabro e sem luz num lugar totalmente fechado como o Santo Lugar ninguém poderia fazer nada a não ser tropeçarem uns nos outros.

A palavra continuamente está ligada ao incenso e ao candelabro. Continuamente fala de estilo de vida, vida diária, relacionamento contínuo. A oração (altar do incenso) e o encher-se da presença de Deus que ilumina (candelabro), que dá vida e afasta as trevas precisa ser contínua. Mas, ao mesmo tempo em que é contínua e diária, não é rotineira, é renovada a cada dia como as misericórdias de Deus. O incenso e o azeite são novos e puríssimos e a Luz é renovada a cada dia para iluminar o Lugar Santo. A nossa alma precisa dessa renovação diária de dedicação, zelo e cuidado com o nosso relacionamento com Deus.  

Nós devemos trazer o pão e estarmos dignos dele; assim como devemos trazer o incenso sobre o altar e estarmos dignos dele; e devemos alimentar as lâmpadas e acendê-las à noite, no meio das trevas do pecado, do mundo e destruir o reinado do diabo. Enfim, você pode perceber que o Santo Lugar refere-se ao nível da alma (mente, vontade e emoções), ao nosso estilo de vida e à prosperidade da alma nos padrões de Deus. O Santo dos Santos, em outra oportunidade veremos, está relacionado ao fluir no Espírito e ser guiado por Ele.



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